quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ele não se dedicará mais a amar quem ele ama.

Negligenciado e decepcionado
Um homem que não escuta mais
O berço de seu coração
Tanto que ele não suporta mais
O perfume da felicidade.
Mas às vezes ele escuta
A doce melodia
Que faz lembrar a sua vida
O tamanho de seu coração.

Esse dia chegou
Esse do mês de inverno
Esse jamais desejado
Do bem querer
Que se perde.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ele só tinha olhos pra ela.




Persistência retiniana, teriam dito os médicos. Mas que sabem eles sobre estas coisas? O que dizem seus manuais acadêmicos sobre isto? Inúteis teorias mortas. A ele só interessava o que viesse da alma: a vida. Vida que pulsou mais forte em sua presença. O sangue condimentado com adrenalina, cortisóis, dopaminas e outras drogas que corria rápido por suas veias proporcionando-lhe o torpor ao encontrá-la. Encontros raros. Sensações fortes. Vício...

Tudo tem seu tempo.

O copo entornado rapidamente, o cigarro que queima a garganta e irrita os olhos. Os olhos que já não trazem insistentemente sua imagem, mas que vez por outra ainda destilam a saudade que de tempos em tempos lhe visita. Gotas do veneno que mata e cura...

Ao som de N do Nando