quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ele só tinha olhos pra ela.




Persistência retiniana, teriam dito os médicos. Mas que sabem eles sobre estas coisas? O que dizem seus manuais acadêmicos sobre isto? Inúteis teorias mortas. A ele só interessava o que viesse da alma: a vida. Vida que pulsou mais forte em sua presença. O sangue condimentado com adrenalina, cortisóis, dopaminas e outras drogas que corria rápido por suas veias proporcionando-lhe o torpor ao encontrá-la. Encontros raros. Sensações fortes. Vício...

Tudo tem seu tempo.

O copo entornado rapidamente, o cigarro que queima a garganta e irrita os olhos. Os olhos que já não trazem insistentemente sua imagem, mas que vez por outra ainda destilam a saudade que de tempos em tempos lhe visita. Gotas do veneno que mata e cura...

Ao som de N do Nando

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