quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sobre a sincronicidade dos encontros (ou a falta dela)

Sabe aqueles dias em se fica deitado numa rede, sofá, ou o que seja com o olhar perdido no céu e na cabeça pensamentos em flash ou simplesmente o vazio? Pois é, num destes dias, pensei sobre a sincronicidade dos encontros. Na verdade, na falta de sincronismo de alguns encontros. Por vezes cruzamos com pessoas perfeitas, mas nos momentos mais inapropriados. Eu, particularmente, acho isto muito injusto. Mas ninguém disse que o mundo é justo.

Tem gente que adoraria ter uma máquina do tempo que permitisse voltar ao passado e consertar algumas mancadas, fazer algumas coisas de forma diferente... Eu não. Preferiria se pudesse escolher o momento de encontrar algumas pessoas que são/foram muito importantes mas que passaram por minha vida em momentos não exatamente perfeitos. Não é sempre, mas às vezes imagino o que poderia ter sido se alguns encontros tivessem ocorrido em outras circunstâncias. Já pensei nisto com relação a ti, mas não muitas vezes. Antes pensava mais. Hoje, nos devaneios das tardes mornas, meu desejo é outro. Gostaria de ter te encontrado aos 16/17 anos e ter feito parte de tua história por algum tempo e depois ter sumido pra te reencontrar aos 27. Um reencontro com significado, mas também só por um momento para depois sumir de novo. Finalmente, gostaria de ter te encontrado aos 37, numa mesa de bar, exatamente como foi, mas sem sumir desta vez. Queria ter tido o privilégio de ter feito parte de tua vida, mas sem o desgaste dos anos. Sem o peso do dia-a-dia numa relação. Queria ter tido o sabor dos reencontros. Aquilo que reaquece o que se nunca apagou, que ficou em quarentena esperando uma nova oportunidade. Puro devaneio, eu sei. Amor que não se conforma com os desencontros...

Esta ideia me passou pela cabeça tempos atrás. Tua foto ainda criança me fez lembrar dela. Quando te conheci, tinha curiosidade de saber como eras quando adolescente. Tinha vontade de ver fotos tuas daquela época. Talvez fosse já fosse esta ideia se manifestando...

Um comentário:

  1. As tuas palavras possui o mesmo desespero vibrante das minhas, trepa comigo!

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