domingo, 21 de junho de 2009

Amor casual

Era só mais uma saída entre amigos. Quinta era o dia dos caranguejos. Ela adorava este ritual. Para ele tanto fazia. Queria estar em sua companhia. A conversa era boa e ela tinha pernas bonitas e um jeito sensual. Seus seios levemente caídos também despertavam nele pensamentos eróticos. Mas eles estava ali para celebrar o prazer de rir a dois e assim o fizeram. Porém, em ambos havia um querer mais. Ele a deixou em sua casa. Veio a vontade de tomar a última cerveja. Poderia ser no bar da esquina, mas ele insistiu que seria melhor na sala que estava logo ali ao lado. Ela não aceitou logo de cara, mas na verdade preferia a sala também. Entraram e enquanto ela pegava a cerveja e os copos, ele ligava seu parelho de música. Várias eram as opções, mas Roberto Carlos parecia ser a mais apropriada. Sentaram-se no chão, um de frente para o outro. Apesar de estar usando uma minisaia, ela achava mais confortável sentar com as pernas afastadas. A penumbra encobriria sua intimidade. As cervejas e as músicas se sucediam. Os risos, agora, eram acompanhados de abraços e cabeças nos ombros. Ao som de “Eu te Proponho” seus lábios se encontraram pela primeira vez. Ela hesitou e, afastando-se dele, perguntou se achava que aquilo seria correto. Sua resposta veio em forma de um beijo que percorreu o interior de suas cochas. Ela ainda argumentava algo enquanto, com as mãos, tentava manter sua cabeça à distância. Muito tarde, sua calcinha, que a penumbra não conseguira esconder, já estava no centro da sala e os lábios de seu sexo entre os lábios dele. Seus corpos estavam nus como que querendo coreografar a música que naquele momento invadia o quarto: “... Usar meus beijos como açoite E a minha mão mais atrevida...”. Amaram-se até que o suor de seus corpos encharcou suas almas. Gritos, arranhões, coisas absurdas foram ditas. Cansados, eles se vestiram, enxugaram a testa e foram até o portão. Lá, se despediram como amigos que eram: um beijo em cada face. Nada mais fora dito.

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